Monday, September 26, 2005

Artistas intocáveis

Publiquei no jornal uma matéria com a lista de projetos feitos com dinheiro público e que não prestaram contas de como usaram a verba. A lista foi cedida por alguém da Fubndação Cultural de Curitiba. É oficla. São 95 prpojetos, que gastaram R$ 6 milhões. Nem tudo de dionheiro de impostos, diga-se. Parte era de iniciativa privada. Os caras por um ou outro motivo não levaram os documentos, notas fiscias, recibos, que dissessem ao distinto público que baanca suas vidas onde foi parar o que saiu do bolso da viúva.

Adivinha o quê? Não é que os tais arrrtisas, do tipo que tem vários erres mesmo, surtaram comigo? Como posso acuisá-los. A eles, que são intocáveis, que nos fornecem beleza? Se fosse uma lista com dinheiro público gasto por políticos que não prestaram contas eles topariam e até iam aplaudir, acho. Mas eles? Estava detonando com a imagem deles por causa de míseros papéis. Vê se pode.

Por essas e por outras, decidi: vou fazer campanha no jornal a partir de agora contra todo esse uso e abuso de Lei de Incentivo. Se é que deveria haver, essa lei não deveria ser usada como é. E já tenho dois escândalos documentados aqui. Avante!

Nossos intelectuais

Dia desses, estava em um festival literário. Os caras da alta cultura e ego inflado. Aí estava na van do evento. Na minha frente, dois bancos de distância, Vítor Ramil, ícone da MPB alternativa. Ao lado dele, Chacal, herói da poesia marginal. Sobre o que conversavam? Arte, política, crise? Pois é. Falavam sobre o tempo. No Rio choveu muito. Pelotas faz um frio. Eis os nossos intelectuais.

Ah: a van e o evento eram pagos com dinheiro público, óbvio. O tempo deles também. Discutir algo de útil seria até uma obrigação. Ou eu é que sou ranzinza demais, sei lá.

Tuesday, September 06, 2005

República das bananas

Para dar mais poderes ao seu atual presidente, os quenianos vão ter de votar numa banana. Para manter tudo como está, devem votar numa laranja. Parece piada, mas não é. A cédula do referendo que decide o futuro do país foi feita de maneira simplificada. Acho que é para os analfabetos poderem votar. Ao invés de "Sim, eu quero uma nova Constituição", a cédula tem apenas uma banana. Ao invés do "Não", traz apenas uma laranja.

A pergunta que fica é: se os caras não conseguem nem ler a cédula, será que têm como se informar sobre a implicação do que estão votando?

A propósito. Segundo as estatísticas, 81% dos quenianos são alfabetizados. Será?

República das bananas

Para dar mais poderes ao seu atual presidente, os quenianos vão ter de votar numa banana. Para manter tudo como está, terão de votar em uma laranja. Parece piada, mas não é. A cédula do plebiscito que decide o futuro do país foi feita de maneira simplificada. Acho que para que mesmo os analfabetos possam votar. Ao invés de “Sim, eu quero a nova Constituição”, a cédula tem apenas uma banana. Ao invés do “Não”, está desenhada uma laranja.

A pergunta que fica é: se os caras não conseguem nem ler a cédula, que chance têm de ler a Constituição para saber no que estão votando? Ou pelo menos de ler um jornal para se informar sobre o assunto.

República das bananas

Para dar mais poderes ao seu atual presidente, os quenianos vão ter de votar numa banana. Para manter tudo como está, terão de votar em uma laranja. Parece piada, mas não é. A cédula do plebiscito que decide o futuro do país foi feita de maneira simplificada. Acho que para que mesmo os analfabetos possam votar. Ao invés de “Sim, eu quero a nova Constituição”, a cédula tem apenas uma banana. Ao invés do “Não”, está desenhada uma laranja.

A pergunta que fica é: se os caras não conseguem nem ler a cédula, que chance têm de ler a Constituição para saber no que estão votando? Ou pelo menos de ler um jornal para se informar sobre o assunto.

A propósito: a estatística diz que 81% dos quenianos sabem ler e escrever. Será?