Friday, February 18, 2005

Centro de conhecimento

O reitor da UFPR, seu Moreira, anda todo pimpão com a história das cotas na universidade. Dizem que isso mais a idéia do Provar já levaram o camarada até a pensar em se eleger senador. Sabe-se lá.

Nessa semana, ele anunciou radiante que a universidade tinha encontrado 122 brancos, ou quase brancos, ou quase pretos, que tentaram se passar por negões para entrar nas vagas reservadas aos afro-pixains.

Foram descobertos em uma banca especialmente constituída para averiguar a negritude dos cotistas. Têm direito a recurso, e a maioria apelou mesmo para uma segunda inspeção.

Tem um camarada de jornal, o André, que diz que assim que o candidato entra na sala de afro-averiguação, soltam um pagodão no mini-system do reitor. Vê-se a reação do companheiro crioulo. Aí começa a entrevista. No meio da conversa, assim sem mais nem menos, o doutor reitor joga uma bola de futebol, sem aviso, na direção do candidato. É preciso dominar a pelota com estilo.

Já um outro companheiro, o infografista Lyn, acha que os averiguadores têm uma escala de cores em mão. Tipo Pantone. E daí comparam a tez do amigo vestibulando às fichas que têm em mãos.
Em resumo. Seja como for a avaliação, há algo de ridículo em tudo isso. Convenhamos.

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